24 junho 2010

Ao serviço do lucro

O PSD, com a eleição do seu novo Presidente, Pedro Passos Coelho, assumiu uma ruptura com o seu passado, definindo uma nova estratégia, recolocando-se ideologicamente mais próximo dos sectores mais ortodoxos do liberalismo.

O PSD já não está limitado a uma posição de mero apoio ao PS ou de oposição apenas no acessório, com esta nova direcção passou a afirmar sem rodeios as suas opções políticas de fundo e as propostas confirmam a deriva liberal e o sucumbir da social-democracia no interior do partido: mais privatizações e em todos os domínios da intervenção do Estado; revisão das leis laborais, facilitando despedimentos, aumentando a precariedade; diminuição do investimento público; entre outras.

Pedro Passos Coelho aparece com um ar respeitável e, claro está, já conta com importantes apoios entre os senhores que dominam o poder económico nacional, as suas propostas aparecem embrulhadas como se fossem novas em folha, mas um olhar mais atento revela que são mais do mesmo, da mesma receita que nos conduziu à actual crise económica e social, mas em que alguns insistem na perspectiva de verem os seus lucros aumentarem.

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