24 outubro 2010

O franco-atirador

Ao ler o artigo de opinião de Miguel Sousa Tavares, na edição deste fim-de-semana do Expresso, fico com a certeza de estar perante um franco-atirador que dispara em todas as direcções acertando umas, falhando outras, arriscando-se a ficar sem munições a qualquer momento.

E no artigo intitulado «Lá vamos, poupando e rindo», sobre o estado a que o País chegou, lê-se a seguinte pérola: «...reunidos numa Comissão de Utentes da Ponte 25 de Abril, reclamam agora portagens grátis, com o argumento de que "a ponte já está paga". E o Museu do Vaticano, não está? E a Torre Eiffel?».

Aqui encontramos o pensamento de MST em todo o seu esplendor e beleza, a comparar uma ponte com um museu e um monumento, como se milhares tivesse de atravessar diariamente o Museu do Vaticano ou a Torre Eiffel para ir trabalhar.

É claro que quem nunca passou pela experiência dificilmente compreende o roubo e, no caso de MST, limita-se a disparar.

Resta saber quantas mais munições ainda dispõe.

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