Ler o Expresso é para mim um acto de masoquista coragem, onde fico a conhecer aquilo que pensamento dominante determina que é correcto, acertado, moderno, inevitável e inelutável.
Na edição deste Sábado, um artigo assinado por Mário Crespo exemplifica na perfeição como é possível deturpar realidades, como é fácil falsificar conceitos e justificar ideologicamente o ataque aos trabalhadores portugueses em nome da «economia».
Para o ilustre pensador, a propósito de uma declaração de Carvalho da Silva sobre o desaparecimento do Ministério do Trabalho e a sua integração no Ministério da Economia, este é o momento de começar a dirigir atenções para a CGTP, sabendo que dali pode vir e virá a recusa do caminho que nos estão a impor.
O Sr Mário sabe que não é a CGTP que divorcia trabalho e economia ou que desliga o trabalho do produto que gera, o Sr. Mário sabe que esse divórcio só agrada aos seus patrões, àqueles que sempre lucraram com o facto de os trabalhadores não ganharem de acordo com o que produzem. Que País melhor teríamos se assim fosse...
É o sistema que o Sr. Mário defende heroicamente que promove essa distinção e que coloca a coisa nestes termos se houver lucro é do capital, se houver prejuízo é do trabalho.
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