27 setembro 2011

100 dias de Governo, 100 dias de Crime


Passados 100 dias de governação PSD-CDS confirmam-se as piores expectativas, o caminho de agressão ao povo e ao país está em curso e não parecem existir sinais de hesitação ou arrependimento.
Ao abrigo de uma coisa chamada crise internacional, de um tal ataque dos mercados e de um pacto assinado entre PS, PSD e CDS e a troika FMI, CE, BCE, continua-se a destruir a capacidade produtiva nacional, arrasam-se as micro e pequenas empresas, roubam-se os trabalhadores, desvalorizam-se salários e pensões, facilitam-se despedimentos, aumentam-se impostos, semeia-se a miséria e a fome, acabam-se apoios e prestações sociais, substituindo-os pela lógica da caridadezinha, aumenta-se o custo dos transportes públicos, privatiza-se o que ainda falta privatizar, o que inclui a gestão de recursos indispensáveis à vida como a água, destrói-se serviços públicos, mata-se o Poder Local Democrático, tudo isto, e muito que me falha, em nome da superação da crise.
Amparados por uma campanha ideológica sem precedentes que impôs o medo e a confusão, que apresenta tudo isto como inevitável, que silencia ou deturpa toda e qualquer proposta alternativa, o governo PSD-CDS, com o aplauso do PS, leva à prática um autêntico crime contra o povo, o país e a democracia.
Estamos, no plano político, económico, social e cultural, a assistir a um retrocesso que torna o país mais injusto e mais desigual, enfraquecendo a sua capacidade para superar a crise que está a viver.
Mas, estes 100 dias dão já uma certeza: este governo nem mais um dia pode governar - trata-se de um imperativo democrático.
Temos a obrigação de resistir e impedir que o crime continue a ser praticado.
Dia 1 de Outubro, as manifestações promovidas pela CGTP-IN, em Lisboa e no Porto, são um bom ponto de partida para a resposta necessária. 

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