16 setembro 2011

Há muito que não tem espinha

Quando se julgava que a besta ao serviço do patrão tinha alcançado ao auge da sua verborreia burguesa com a prosa onde afirma que «É urgente partir a espinha aos sindicatos», o inigualável António Ribeiro Ferreira surpreende na sua paranóia liberal ao assinar um texto intitulado «O melhor é partir o tacho de uma vez».
Neste texto, podemos confirmar o que já sabíamos, o senhor é movido a ódio.
Ódio contra o país, ódio contra quem trabalha, ódio a quem ambiciona uma vida melhor.
Sabendo que para manter o seu posto precisa de satisfazer todas as vontades do dono e, se possível, surpreende-lo no radicalismo com que o defende, diz: «A verdade é que hoje o país chegou a um ponto tal que a cura tem de ser violenta, mesmo que o doente não resista ao tratamento» ou «É por isso que a troika é importante. Para obrigar o poder a tratar o animal como deve ser, isto é, à bruta.» ou, ainda, «está na hora de se olhar de frente para a questão do despedimento de funcionários do Estado. Rapar o tacho é bem capaz de não chegar. O melhor é parti-lo todo. Aos bocadinhos».
Ao lerem este texto que recompensa darão os patrões ao sr. António? 
Uma coisa é certa, os biscoitos devem ser deliciosos para que ele salive tanto em cada editorial do i.

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