18 maio 2010

Se lhe chamassem besugo...

Como já é costume o Presidente da República, Cavaco Silva, fez uma comunicação ao País sobre um assunto «irrelevante».

Assim aconteceu com o Estatuto dos Açores, assim aconteceu agora com o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Cavaco usou da palavra, em directo para os telejornais, para dizer que promulgava a Lei aprovada na Assembleia da República apesar de entender que: deveria ter havido consenso alargado (leia-se acordo com o PSD e o CDS); que os casais homossexuais devem ter os mesmos direitos que os casais heterossexual, mas não se lhe devia chamar casamento; e que face à crise que o País atravessa nada disto interessa e, portanto, promulga a lei apesar da grande confusão e incómodo que ela lhe provoca, ou seja, os homossexuais só poderão contrarir casamento em Portugal por causa da crise. 

Em conclusão, se a lei agora aprovada permitisse o besugo entre pessoas do mesmo sexo não teria havido qualquer problema, agora o casamento é que já não é admissível e deve merecer a firme contestação dos defensores dos bons valores da tradicional família. 

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