15 outubro 2010

Mortos ou Zombies cá continuaremos a lutar


Depois de “Lacaios do Socialismo”, chegou a vez de “O Partido Zombie”, obras de ficção da genial e criativa Fernanda Câncio, sempre disponível para uma ajudinha ao Governo e ao PS.

Em ambos os textos, a autora do regime socrático que convive bem e aplaude o modelo económico e social que nos conduziu a esta crise e que assenta na intensificação da exploração, na destruição de direitos, na degradação das condições de vida dos trabalhadores e do povo português, na destruição de serviços públicos, no acentuar de desigualdades e injustiças, liberta toda a sua fúria e ódio sobre algo que, de acordo com a própria, não existe, não conta, não é para levar a sério.

Na mira de Fernanda Câncio está o PCP, descrevendo-o de acordo com a cartilha estabelecida pelo regime, permitindo-se navegar pelos já conhecidos e pouco originais preconceitos sobre o PCP – lá estão Stáline, a Coreia do Norte, a China, o perigoso regime Cubano e por ai fora – revelando uma profunda incapacidade em apresentar uma nova monstruosidade desse perigoso e anacrónico grupo de indivíduos, nunca se referindo às posições e propostas que o PCP apresenta.

Aliás, Fernanda Câncio anda muito entretida com questões que não a façam pensar nas consequência visíveis daquilo que defende, preferindo falar de um Partido que a própria afirma que não existe, que é uma caricatura, um zombie da história, um Partido que ninguém leva a sério e que não conta.

Como classificar alguém que gasta o seu tempo a reflectir sobre irrelevâncias?

Na parte que me toca, enquanto militante comunista, resta-me agradecer-lhe a «simpatia, piedade e até protecção» que dá ao PCP.

Por muito que custe às Fernandas Câncio deste País a verdade é que ainda por cá andamos e continuaremos a andar, incomodando as Fernandas Câncio, combatendo o regime e o modelo que elas protagonizam e defendem.

Nota: sobre este assunto, vale a pena ler - Fernanda Câncio - a propagandista de serviço.

Sem comentários: